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quarta-feira, 25 de março de 2009

A Fundação da Academia Real de Marinha

As estruturas militares, precisavam de ser revistas, uma evidência que vinha já a ser admitida desde os últimos tempos de Pombal. Razão porque foi fundada a Academia Real da Marinha, por decreto de 5 de Agosto de 1779. Os objectivos dessa Academia era dotar os futuros oficiais da marinha de guerra e da marinha mercante dos conhecimentos de ciência náutica .

A criação desta Academia foi por sugestão do Conde de São Vicente, que viria a ser o seu presidente, ficando na dependência da Secretaria da Marinha.

A admissão a esta academia era feita atravésum exame para os alunos com idade inferior a 14 anos, sendo obrigados a comparecer às aulas e ter bons resultados nos exames.

O ensino da Matemática com a duração de três anos, era dado por três professores, um leccionava Aritmética, Geometria e Trigonometria Plana, outro Álgebra aplicada à Geometria, os Cálculos Diferencial e Integral e os princípios da Física (Estática, Dinâmica, Hidrostática, Hidráulica e Óptica) e o ao terceiro estava confiada a Trigonometria Esférica e a Navegação Teorética e Prática.

A preparação com a duração de dois anos iniciais visava o curso de engenharia militar dado na Aula de Desenho e Fortificação , sendo os professores equiparados aos da Universidade de Coimbra, e o ensino feito no edifício do Colégio dos Nobres.




sexta-feira, 6 de março de 2009

Relações diplomáticas com a Rússia



As relações diplomáticas oficiais entre a Rússia e Portugal foram estabelecidas relativamente tarde, muito embora se negociasse indirectamente com o Império da Rússia, através de delegações de Amsterdão e Londres, havendo trocas comerciais entre os dois Estados

Desagradados da fiscalização a que eram submetidos navios seus por força da guerra da independência americana, o objectivo diplomático da Rússia era conseguir reunir interesses com países alheios aquela guerra e que pretendessem manter a sua neutralidade.

Portugal tinha vastas possessões ultramarinas e sonhava dispor de uma frota poderosa. Para concretizar tal sonho, interessavam aos portugueses as mercadorias constantes da exportação russa como madeiras, cânhamo e resina. À Rússia interessava de Portugal, vinho, fruta, cortiça, azeitona e sal.


Existem dados de que, no ano de 1724, o governo português se dirigiu a Pedro I com uma proposta de estabelecimento de relações comerciais. Em resposta, Pedro I emitiu uma directiva sobre o envio para Lisboa de um cônsul encarregado de organizar o comércio com Portugal. Năo existem, porém, elementos fidedignos relativos à estada de um tal cônsul em Lisboa nem ao êxito, ou insucesso, da missão.

Já desde 1769 que existiam relações consulares, o primeiro cônsul da Rússia em Portugal, Joăo António Borcher, banqueiro de Hamburgo, tinha sido nomeado em 2 de Outubro de 1769.

Em 17 de Outubro de 1778 foi nomeado Francisco José Horta Machado, primeiro embaixador português na Rússia, transferido de Haia e que haveria de chegar a São Petersburgo mais ou menos 1 mês depois.