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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1787

  • Janeiro,3-Inauguração do Observatório de Astronomia da Academia de Ciências
Um observatório astronómico é um edifício onde se observam os astros e se estuda a meteorologia. Os primeiros observatórios surgiram no século XVI, na Alemanha em Hesse e por patrocínio do príncipe Guilherme IV.

Em Lisboa o primeiro que se tem notícia foi o da Academia de Ciências, instalado no Castelo de São Jorge e inaugurado a 3 de Janeiro de 1787, seguindo-se o Real Observatório da Marinha criado a 18 de Março de 1798, mas que por razões da sua localização, junto ao Tejo, não tornou viável a correcta observação dos astros.

  • A conjuração dos Pintos em Goa
Na Índia aconteceu um episódio estranho, que se traduziu numa tentativa de derrubar o regime português em Goa. Estranho porque esse motivo apresentava sintomas de movimento inspirado em ideias liberais que pretendia subtrair a Ímdia ao domínio português e inaugurar uma forma republicana de governação.

Os chefes dessa rebelião os padres José António Gonçalves, que nunca foi detido e viria a morrer em Bengala, o Abade Faria que escapou para França e Francisco Couto que viria a ser executado com outros conjurados no final de 1788, depois de algum tempo de detenção.
nos calabouços da Fortaleza de São Julião da Barra, em Portugal.

A condenação por alta traição correspondeu à morte na forca, após o esquartejamento dos seus corpos, como era usual na época para crimes idênticos.

Acrescente-se que este movimento de rebelião não tinha apenas, motivações políticas, pelo contrário na sua génese havia um conjunto de reivindicações que assentavam em pretensões de cariz social, relacionada com diferenças de tratamento face aos clérigos da metrópole,

  • Fevereiro,7-Alvará que concede à Fabrica de Louça Vendelli previlégios
Domenico Vandelli tinha sido convidado pelo Marquês de Pombal para integrar o corpo docente que iria leccionar matérias científicas no Real Colégio dos Nobres. Terá chegado a Portugal em 1764. No entanto, uma vez que o ensino científico no Colégio dos Nobres não teve o sucesso que se pretendia, foi em seguida convidado, no âmbito da reforma da Universidade de Coimbra, para ocupar um lugar na Faculdade de Filosofia, onde foi nomeado lente de Química e de História Natural.

Ficaria também responsável pela selecção do local da implantação do Jardim Botânico, do estabelecimento do Laboratório Químico e do Museu de História Natural da Universidade de Coimbra.

Por volta de 1780 apresentou à Universidade um projecto de estabelecimento de uma fábrica de louça no Rossio de Santa Clara de Coimbra. Esta fábrica tornou-se famosa pela qualidade da sua louça, que ficou conhecida por ‘louça de Vandelles’. e a Vandelli foi concedido o privilégio de exclusividade de venda na Beiro e no Minho da louça produzida.

Em 1787 foi viver para Lisboa, onde se tornou o primeiro director do Jardim Botânico da Ajuda, sendo nomeado Deputado da ‘Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação destes Reinos e seus Domínios’. Continuou a ser director do Laboratório Químico da Universidade até 1791, apesar de estar ausente de Coimbra.