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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tratado de cooperação com a França

Desde o começo do conflito que opunha os Estados Unidos da América à Inglaterra que a nova nação buscava apoios de potências estrangeiras. Graças às negociações diplomáticas de Benjamin Franklin, em 6 de fevereiro de 1778, foi assinado com a França um tratado que permitiria apoio naval e o envio para a América de quinze mil soldados

Esse tratado de amizade e de comércio entre a França e a colónia rebelde da América do Norte,incluía uma cláusula de nação mais favorecida e obrigava a França a garantir a independência dos Estados Unidos da América

Era a velha questão franco-inglesa e a política de incrementar relações internacionais de Luís XVI e do seu ministro dos estrangeiros Vergennes, cuja carreira diplomática tinha começado em Portugal, país que conhecia bem ao ponto de falar a nossa língua.

Havia o interesse francês em tirar partido de algumas disposições do Tratado do Pardo, que abria a possibilidade doutras nações para além dos subscritores do Tratado, beneficiarem de disposições comerciais de reciprocidade comercial com Portugal, que aliás nunca viriam a usufruir.

As razões inerentes ao interesse português era diminutas, com excepção claro da alternativa diplomática que poderia obter neste acordo, contrabalançando a excessiva dependência da Inglaterra, o eterno problema nacional durante séculos.Este tratado com a França, resulta afinal do bem entendimento,e nntre s coroas portuguesas, francesa e espanholas e o traço comum familiar Bourbon que as ligava.

A franceses e espanhóis interessava que no mínimo Portugal, mantivesse uma política de neutralidade efectiva, nos seus estratégicos portos Atlânticos, que se sabia fundamentais para a Inglaterra, mas Portugal também queria preservar essa aliança, atendendo ao poderio que os Britânicos exerciam nos mares.

Esse referido tratado foi assinado a 20 de Julho de 1778, pelo embaixador português D. Vicente de Sousa Coutinho e pela França o referido ministro dos Estrangeiros.


domingo, 1 de fevereiro de 2009

O novo Tratado do Pardo

O difícil tema das relações entre Portugal e Espanha na América do Sul, estavm muito longe de se resolver. Para além dos acordos alcançados quer o de Madrid assinado em 1750, quer o de El Pardo firmado em 12 de fevereiro de 1761, que anulou o de Madrid, não cumpriam os seus objectivos no terreno as escaramuças e as desconfianças mantinham-se.

Entretanto a Espanha, influenciada pela França, organiza uma poderosa expedição naval , comandada por D.Pedro Cevallos, chegando a Santa Catarina no Brasil. Perante o a força da expedição a guarnição da ilha renderam-se à armada de Cevallos, bem como mais tarde a colónia de Sacramento, mas terão recebido ordens de Madrid, para suster a sua investida a norte do Rio da Prata.

Não é difícil, adivinhar que a intervenção da Rainha-mãe D.Mariana Vitória, junto de seu irmão o rei Carlos III, demonstrando-lhe que a paz é que servia os interesses das potências ibéricas.

A partir desse momento começou a gizar-se o estabelecimento de um novo tratado, negociado pelo embaixador português junto da corte de Carlos III, D.Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho e pelo conde de Floridablanca por Madrid.

Os objectivos deste tratado, par além de parar o conflito na América do Sul, também pretendia restabelecer o tratado de Madrid assinado por D.João V e Fernando VI.

O tratado de Santo Ildefonso foi assinado em 1 de Outubro de 1777, mas atendendo a algumas dificuldades levantadas pelos espanhóis, sobre a formação da comissão mista , que iria no terreno demarcar os limites territoriais, este tratado foi considerado preliminar, antecedendo o efectivo que viria a realizar-se novamente no Pardo em 11 de Março de 1778.

As críticas pelas cedências territoriais foram muitas, como aliás já tinham acontecido em 1750, mas para outros o realismo da diplomacia portuguesa, foi justificado, como dizia Andrade e Silva em 1817

"Julgou a nossa augusta rainha que um pequeno presídio remotíssimo (a colónia de Sacramento), encravado no coração de terras ermas e abertas, não devia custar, uma só gota mais de sangue a seus vassalos ... foi assaz compensado com as vastas terras, que recebemos em troca, e que dando grande fundo ao Brasil, estendem nossa raia e seguram as ricas minas das capitanias do sertão e a comunicação destas com as da beira-mar