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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O malogro da Viradeira


Vejamos então que primeiras medidas tomou a jovem raínha

Nos Ministérios, continuaram a chefiar os ministros do reinado anterior, como por exemplo
Martinho de Melo e Castro que titulava a pasta da Marinha e Ultramar, continuou no seu lugar até á sua morte em 1795. O seu nome ficou ligado não só á actividade diplomática, mas também á renovação da marinha de guerra, a construção da Cordoaria Nacional e a fundação da Academia de Guarda-Marinhas.

Aires de Sá e Melo, foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, lugar que já ocupava formalmente mas que Pombal exercia totalmente.Até o Cardeal da Cunha submisso agente da vontade do velho ministro, se manteve nominalmente na qualidade de ministro assistente ao despacho, embora a Rainha lhe tivesse dado ordem para só ir ao paço quando o chamasse o que não voltou a acontecer, mas da Cunha era também arcebispo de Évora, inquisidor-geral,regedor das justiças, presidente da Mesa Censória, inspector das obras de edificação de Lisboa, comissário da Bula da Cruzada.Todos estes cargos foram mantidos.

Se no Governo, os velhos ministros ficaram, as mudanças de pessoal nos outros escalões do poder quase não se verificaram. O responsável pela ordem na cidade de Lisboa, continuava a ser o corregedor Pina Manique, homem forte de Pombal e responsável pela última demonstração de força do estadista o incêndio da Trafaria.

Formalmente foi criado um novo ministério criado em 3 de Março de 1777. O visconde de Vila Nova de Cerveira, futuro marquês de Ponte de Lima, foi nomeado para secretário de estado do Reino, e o marquês de Angeja para presidente do Erário Régio, sendo também ministro assistente ao despacho, lugares deixados vagos pelo marquês de Pombal.

Assim foi o marquês de Angeja, nomeado presidente do Real Erário, mas falho de experiência e capacidade, parece ter presidido ao seus actos, apenas a única ideia de uma completa oposição aos actos do seus antecessor, tanto que uma das primeiras medidas foi suspender as obras da reconstrução de Lisboa que após 1755, tinha sido reduzida a um montão de ruínas. O povo bem o castigou com a frase “mal por mal antes Pombal”. Na realidade não consta, obra valorosa ao serviço de Portugal, mas pródigas foram as honrarias e bem estar para si e para os seus.

O lugar de procurador-geral foi confiado a um pombalista dedicado o Dr.João Pereira Ramos que claro manteve todos os magistrados

2ª marquês do Lavradio D.Luís Portugal e Mascarenhas, continuou vice.rei do Brasil, ainda por mais 2 anos, sendo depois substituído por Luís de Vasconcelos e Sousa.

Come se vê, as alterações foram mínimas, e duma forma geral um fracasso, razão porque a tão propalada Viradeira, não passou de projecto ou mera ambição, desenhada apenas na cabeça de alguns.

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